Estou iniciando uma série de posts sobre reflexões do mercado e mundo dos negócios, com intuito de compartilhar conhecimento para líderes, agentes de mudanças e pessoas interessadas em agilidade de negócios (Business Agility).

Tenho observado que o mercado está cada vez mais propenso a categorizar a agilidade de negócios em competências e domínios estáticos. No entanto, isso parece ser um contrassenso quando discutimos complexidade e, ao mesmo tempo, vemos soluções inflexíveis. Essa abordagem pode sugerir uma convergência prematura, negligenciando as nuances vitais que têm um impacto direto nos resultados.

Às vezes, parece que estão tentando encaixar toda a dinâmica empresarial em pequenos blocos elegantes que, curiosamente, discutem tudo, exceto o cerne do negócio. Verdadeiros placebos organizacionais.

Placebo é uma substância ou tratamento sem efeito terapêutico intrínseco, administrado com o propósito de simular um tratamento ativo, sendo utilizado principalmente em estudos clínicos para avaliar a eficácia de outras intervenções. Como analogia para os métodos de prateleira, a referência aqui é que estão criando métodos que até se assemelham como novas soluções viáveis, mas produzirão efeito placebo. Ou seja, Algumas dessas práticas, não provocarão efeito desejado em negócios. 

 Isso nos faz refletir: Por que será que o mercado insiste nessas abordagens? Negócios de agilidade (vendas de métodos) é diferente de agilidade de negócios (impacto nos resultados). É essencial entender essa sutil diferença e abraçar o caráter dinâmico do mundo de negócios.

Para os entusiastas dessas “caixinhas”, não estou dizendo que elas são desprovidas de mérito. Contudo, é vital questionar o quão flexível é o seu modelo predileto; caso contrário, você pode se deparar com uma visão geral atrativa, bem estruturada e estilosa, mas fundamentalmente ineficaz. Essa tendência, infelizmente, não é nova; já presenciamos tais abordagens em movimentos de transformação do passado, incluindo metodologias ágeis e parece que esse padrão é persistente. A diferença aqui é que o uso de placebos na medicina tem cunho comparativo para testar eficácia de outras formas de trabalho, contudo, ao usar métodos placebos sem a intenção comparativa e experimental, você poderá não ter outra chance de acertar.

Para lideranças tomadoras de decisão:

A simplicidade das soluções padronizadas pode parecer tentadora. No entanto, em um mundo de negócios complexo e em constante evolução, tais soluções muitas vezes não se encaixam. Abordagens simplistas, como capacitações rápidas de dois dias ou alocando um pequeno número de profissionais com um orçamento rígido, raramente produzirão as mudanças transformadoras que sua empresa precisa. Cada empresa tem sua cultura, desafios e objetivos. Assim, iniciar qualquer transformação considerando o contexto único de sua organização é vital. Busque soluções personalizadas, e se precisar de ajuda externa ou de um grupo de especialistas internos, garanta que estes estejam alinhados com suas necessidades reais.

Para profissionais de Mudança:

O cenário empresarial está evoluindo rapidamente. Abordagens que eram eficazes ontem podem não ser mais relevantes hoje. Seja crítico e evite cair na armadilha das soluções de “tamanho único”. Evite também adotar ou propagar placebos e platitudes que, a longo prazo, podem comprometer o que tem de mais precioso quanto a robustez da vida profissional, a sua empregabilidade. Foque no resultado prático seu trabalho, mantenha-se atualizado, com pensamento crítico, adaptável e, acima de tudo, alinhado aos princípios que defendem uma transformação genuína e adaptada ao contexto.

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Um forte abraço, Ton.

#BusinessAgility #Leadership #Negócios #agilidade

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