Em uma era onde a tecnologia avança a passos largos e a digitalização permeia todos os aspectos de nossas vidas, é fácil ficar encantado com as promessas e potenciais de inovações disruptivas. A inteligência artificial, em particular, tem sido apontada como a vanguarda dessa revolução tecnológica. Mas, à medida que nos preparamos para embarcar nessa jornada rumo ao futuro, é essencial que façamos uma pausa e reflitamos: estamos nos perdendo na maré de automação e esquecendo o elemento mais crucial de qualquer organização ou sociedade? Refiro-me ao toque humano.

Não quero chover no molhado aqui: todos nós sabemos que a inteligência artificial generativa (GEN AI) chegou para ficar. Ela representa o próximo passo evolutivo em termos de capacidades tecnológicas e tem o potencial de ser tão revolucionária quanto a invenção da internet ou do smartphone. A onda da Gen AI é irresistível e, de fato, tem o potencial de reformular indústrias, otimizar processos e criar inovações nunca antes imaginadas.

Mas, como qualquer avanço, a adesão a ele deve ser feita com discernimento. É vital que as lideranças compreendam que adotar a inteligência artificial generativa não é apenas seguir uma tendência ou uma nova moda tecnológica; já vimos esse filme antes com outras tecnologias que foram adotadas apressadamente. A mesma determinação e entusiasmo que temos para mergulhar nesse tema devem ser direcionados para tornar nossas organizações adaptáveis ao contexto e ao negócio. Mais do que isso, é essencial considerar os impactos que as novas experiências trarão para as questões humanas.

É aqui que muitas organizações falham. Na contramão do mercado: enquanto a maioria corre na direção da automação completa e do apelo às métricas de produtividade extremas (buscando alta performance a qualquer custo), estou adotando uma abordagem mais holística e equilibrada. Acredito no potencial da tecnologia, mas permanecerei focado em trazer a relação humana e a navegação na complexidade em primeiro plano.

Por quê? Porque crises e tendências sempre surgirão. E, em tais momentos, a GEN AI pode ser uma aliada vital, oferecendo insights e soluções. Mas um padrão parece emergir: em tempos difíceis, quando os desafios são mais do que simples números e métricas, o toque humano faz falta. É preciso cuidado para não tornar a nova onda em uma desinteligência artificial, onde sacrificamos a essência humana em prol da eficiência.

Então, à medida que exploramos o vasto universo da IA, lembremos que o coração da nossa organização é, e sempre será, humano. E isso não é algo que qualquer algoritmo possa replicar. À medida que nos movemos para um futuro definido pela IA, garantir que colocamos as pessoas no centro de nossas estratégias será o que nos definirá no mercado.

E sua empresa como tem reagido ao tema?

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