Saúde emocional é coisa séria e precisa ser considerada em pelo menos dois aspectos principais:

O primeiro tem a ver com quem somos. A partir da perspectiva biopsicossocial, deve-se reconhecer que todo ser humano possui um componente genético importante e um funcionamento biológico próprio. Importa-nos a relação entre as respostas fisiológicas do organismo mediante situações de ameaça ou perigo, e as manifestações somáticas, isto é, do corpo, por meio de sintomas físicos, por exemplo.

A dimensão psicológica também é afetada mediante os estressores do cotidiano. A exposição contínua aos excessos da vida contemporânea podem se manifestar em sintomas cognitivos (dificuldades com memória, atenção, concentração etc.), sintomas comportamentais (alterações no sono, padrão alimentar, processo decisório, reações inesperadas, dentre outras) e sintomas psicológicos propriamente ditos (ansiedade, pânico, depressão e diversos outros transtornos, sintomas e patologias desta natureza).

Além da perspectiva biológica e psicológica, soma-se ainda a dimensão social, que tem a ver com nossas relações, transmissão familiar, com o lugar onde nascemos, crescemos e convivemos e ainda, com os eventos marcantes que permeiam nossa existência única.

Reconhecemos, portanto, a singularidade de cada ser humano e a impossibilidade de tratá-lo de modo massificado, pois somos diferentes uns dos outros!

O Segundo aspecto tem a ver com os ambientes que interagimos. Levamos toda nossa singularidade para os lugares que frequentamos. A maioria destes locais já tem seus valores, suas crenças, tradição, regras de funcionamentos e modo de existir.

Isto acontece com todas as organizações e comunidades, desde a família, passando por escolas, comunidades de fé, empresas e sociedade organizada.

O que acontece quando pessoas únicas em sua existência se inserem em empresas cuja cultura organizacional se mostra excessivamente rígida?

Há uma tendência à desorganização e ao que chamamos de sofrimento laboral.

Sustentamos que pessoas adoecem no trabalho e/ou pelo trabalho, daí a urgente necessidade de uma visão ampla e integrativa do profissional e organizações, garantindo ambiente psicologicamente seguro e efetivamente produtivo.

Pesquisa realizada pela International Stress Management Association (ISMA-BR) sustenta que 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a Síndrome de Burnout. Afirma ainda que o Brasil é o segundo no ranking de trabalhadores acometidas por Burnout no mundo!

O Instituto de Psicologia e Controle do Stress (IPCS) sugere que 34% da população brasileira convive diariamente com situações de estresse em nível extremos.

Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o Brasil como o país mais ansioso do mundo e o quinto em número de casos de depressão.

Apuramos que no Brasil há mais afastamentos por transtornos mentais, psicológicos e comportamentais do que por cardiopatias, neoplasias e AVCs, segundo o Ministério da Economia, do Trabalho e da Previdência.

Segundo o ministério, os principais fatores de risco de adoecimento mental e comportamental:

  • Cargas de trabalho excessivas.-
  • Exigências contraditórias e falta de clareza na definição das funções.
  • Cobranças excessivas por alcance de metas de trabalho.
  • Comunicação ineficaz, falta de apoio da parte de chefias e colegas.
  • Assédio psicológico ou sexual, violência de terceiros.

Aqui na We Head, reconhecemos a biopsicosocialidade humana e a diversidade organizacional, ambas singulares em sua história e cultura.

Isto altera definitivamente as velhas estruturas de gestão, liderança e aprendizado, e faz emergir um modo cada vez mais integrativo, flexível e sistêmico de pensar e agir.

Marcos Wagner

Psychological Safety Partner — We head

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